Augusto Fracari

Canção para o céu boca

 Eu não sei cantar
Não sei calcular
Não arrisco pretensões exatas
Nem ao menos sei o tempo adequado de cada coisa
Meu humor é tão variável quanto o vento
Onde esconderam minha quietude?
Não sei passar iluminado em ruas escuras
Ser um pouco sombra me faz sentir pertencido à solidez da noite
Aprendi desde cedo a buscar luz em sorrisos
Para iluminar minhas ausências
Minhas carências são desesperadas
E meu desejo é cortante e afiado
Sei respeitar as lágrimas
E depurar minha dor
Descobri que as palavras são perfumadas
Alguém já havia descoberto antes?
Eu modulo a voz para cuspir minhas fúrias
e limpo o céu da minha boca
para guardar estrelas.

[Augusto Fracari in: Palavra Analisada, Poesias, Metáforas e um pouco de Tristeza]

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Veröffentlicht auf e-Stories.org am 28.01.2011.

 
 

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