Francielli Pinheiro Dias

Balões com cheiro de algodão doce!

–Lálala, muita caca pra pouco pinico, muita caca pra pouco pinico...– Beth não parava de cantar. Estavamos num bosque que fica escondido entre uma floresta de eucaliptos e um lago, na pequena cidade em que moramos.
–Beth, já estamos andando a um bom tempo e eu não vejo nenhuma campina com flores azuis que parecerem brilhar ao pôr do sol, pedras que se escondem atrás de grandes árvores, com folhas tão verdes que parecem comestíveis. – falei imitando sua voz deslumbrada, quando ela falou pra mim como era o lugar, que pra ela, eu tenho que conhecer.
–Você tem parar de ser tão impaciente, Thiago! – ela disse pegando minha mão e me arrastando para andar junto á ela. Passamos por algumas árvores e achamos um gramado enorme, do tamanho de um sítio eu diria, só que sem nada e com alguns relevos.
–Olha! – ela apontou a algum lugar á nossa frente.–Esta atrás daqueles arbustos! –ela falou radiante. E quando não estava? Ela sempre aparenta áquela felicidade tocável, é algo estranhamente magnífico, e também, isso favorece ela, fica linda sorrindo... –Er... Thiago? -- balancei minha cabeça voltando á realidade.
–O que?
–Hnm, daria pra você para de me olhar assim? – ela falou olhando para os pés – Tá estranho...– ri da repentina encabulação dela.
–Desculpe, é que você esta tão linda e feliz, que fiquei a admirando sem perceber.
–Awn, que fofo – ela falou apertando uma das minhas bochechas – Você sabe que é lindo, né? – ela ficou me olhando nos olhos.
–Se você diz. – coloquei minhas mãos na sua cintura e fui me aproximando de seus lábios...
–Vamos! – ela se desvinsiliou dos meus braços e correu.
–Porque você faz isso? – gritei pra ela.
–Faço o que? – ela disse com um olhar de inocente, andando de costas.
–Fogi de mim – falei tristemente, ela veio até mim e pegou na minha mão.
-Não é que eu fuja de você, é só que eu quero ir lá! – ela apontou para os arbustos.– Vamos! Vamos! – ela falou me puxando até os arbustos.

-Então... vamos ver a campina. – falei empurrando a folhagem, quando chegamos nos tais arbustos.
-Não! -- ela disse colocando as mãos nos meus olhos, e sussurrou no meu ouvido: – Tem que ser surpresa!
-Tá bom. – ela foi me levando até que largou minha mão.
-Pronto, pode abri os olhos! – abri – Esse é o lugar! – ela falou sorrindo lindamente pra mim – Gostou? – olhei para os lados, vendo que tudo que ela disse sobre a compina era verdade, o lugar era lindo!
-Muito bonito, gostei – falei me sentando no gramado e olhando as flores ao meu redor, ela sentou do meu lado.
-Gosto mesmo? – falou me olhando.
-Claro – confirmei, acariciando seu rosto com as pontas dos meus dedos – mas é terrivelmente feio se comparado á você...
-Obrigado – ela falou baixinho, ficando com as bochechas levemente rosadas. Olhei nos seus lindos olhos castanhos e pedi:
–Posso, por favor, beijar você agora? – ela só assentiu.
Fui lentamente até seu rosto, olhando fixamente seus lábios rosados se entriabrirem cada vez que eu chegava mais perto.
Ela não esperou que eu chegasse até sua boca, encostou seus lábios macios nos meus, começando ternamente o beijo. Coloquei uma mão na citura dela e uma mão na grama, para poder, devagar, deitá-la no gramado.
–Já deitando em cima de mim, querido?– ela riu nos meus lábios. Ía começar outro beijo, mas ela se afastou.
–O que houve agora?
–Nada – ela disse me dando um selinho – só predento manter minha pureza – ela sorriu e eu fiquei com uma cara, como quem falasse "Está falando sério?" e arquiei uma sombrancelha. – Não me olhe assim! – ela me repreendeu rindo.
–Só não acredito no que você falou! Olha que eu nem tentei nada! – falei levantando os braços.
–Eu sei, mas... – ela se deitou ao meu lado.–Vamos conversar? – ela desconversou ou é impressão minha? Mas tudo bem...
–Tá...então, vamos conversar...hm, como...seria um dia perfeito pra você?
–Boa pergunta! O que seria um dia perfeito pra você?
–Mas eu perguntei primeiro, quero uma resposta primeiro.
–Ah, por favor, responde primeiro, juro que respondo depois.– ela falou me olhando com áquele olhar que nem da pra agurmentar.
–Tá, bom, um dia perfeito pra mim seria... – fechei os olhos pra imaginar e contei expontaniamete o meu dia perfeito. – E pra você?
-Pra mim... um dia perfeito...bom, seria num lugar como este, só que com balões...
-Balões?
–Aham, balões cheios de ar com cheiro de algodão doce; a grama teria flores de cores azul, rosa, branca e verde. Quando eu respirasse o ar teria aroma da flor gota-de-orvalho. O ambiente teria a calma igual a das águas de um rio tranquilo. Estaria dando uma música em algum lugar, provavelmente clássica, por que teria a calma das cordas do piano. Teria árvores com troncos finos de cores: roxo e azul; e suas folhas seriam de açucar e suas sementes de M&Ms. – Beth e sua imaginação muito fértil, isso me fascina! – E eu estaria com alguém especial...
–Quem?– eu poderia pensar em mim, mas, não sei o que se pensa na mente bizarra dela. Ela se sentou no meu lado e continuou com a voz mais baixa.
-Alguém de cabelos pretos, olhos verdes escuros, com feições lindas, que entendesse minhas loucuras, alguém que aguentasse minha imaginação fértil, que compartilhasse seus sonhos, assim, como eu compartilharia os meus com esse alguém. – ela olhou pra mim. – Alguém que usa camisas xadrez, que usa sempre All Star, que fica comigo quando estou deprimida, que entende o por que de eu apenas ser assim, alguém que eu ame... – ela terminou de falar com um brilho lindo nos olhos, não sei se era de choro.
-E você não espera que esse alguém te ame? – perguntei, querendo saber se duvidava do meu amor por ela.
-Nessa vida não temos tempo pra esperar ser amado, mas sim, amar a quem você acha que merece, assim, vivendo e amando. Mas claro que seria ótimo se esse alguém me amasse também – ela sussurrou a última parte.
–E esse alguém existe? – falei sorrindo.
–Sim, ele alguém muito especial pra mim, eu me apaixonei por ele e agora eu o amo.
–O ama?– nunca a palavra amor pesou tanto como agora.
–Sim.– ela falou com convicção.
-Pois saiba que esse alguém também te ama.– falei já tendo certeza que era de mim que ela falava. Eu olhava para seus olhos castanhos, me perdendo na sua profundidade.
-Ama?– perguntou, seus olhos brilhando de expectativa. Sorri.
–Claro.– ela foi chegando mais perto de mim, fez uma linha com a ponta do seus nariz do meu pescoço a meu maxilar, aliás o que causou uma sensação muito boa. Peguei seu queixo e fiz seu rosto ficar de frente ao meu. Ela colocou uma mão na grama e uma em meu peito. Chegou perto o suficiente para seus lábios estarem roçando os meus.
–Sabe quem é esse alguém?– sussurrou me dando um selinho – É você. – e me beijo de uma forma, que ela nunca deixaria que eu fizesse. Coloquei minhas mão na sua cintura e aprofundei ainda mais o beijo. Paramos o beijo apenas quando ficamos sem fôlego.
–Eu te amo, Thiago.– ela disse me abraçando.
–Eu te amo, também. – falei beijando-a.
-Thiago? – ela me chamou logo depois.
-O que?
-Compra um balão pra mim e enche de ar com cheiro de algodão doce? – ela falou isso, de um jeito tão fofo e lindo, mas mesmo assim ri. Parecia pergunta de uma criança.
-Claro, Beth! – disse rindo e nós saimos da campina.


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Veröffentlicht auf e-Stories.org am 09.11.2010.

 
 

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