Tenho todos esses anos que tenho
e ainda assim o tempo, insistente,
insiste em continuar a passar.
Eu insisto contra esse seu insano insistir,
mas tenho de assistir a seu intenso continuar.
Eu sei que, no final, ele vai ganhar,
que se há de, possivelmente, fazer?
Teimoso que sou, porém, insisto em ignorar.
Faço de conta que seu passar não é comigo
e continuo, alegre, alheio, a poetar.
Ele está tramando, tramando, eu sei,
e um dia desses, meu tapete ele vai puxar.
Que se dane, porém, eu não vou ligar.
Além disso, em meus poemas eternos,
naqueles versos, que lá do outro lado,
vou continuar, teimoso, a rabiscar,
ele não vai nem sequer constar.
Quem vai ligar para um tempo que passa,
numa eternidade que nunca vai parar de passar?
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Veröffentlicht auf e-Stories.org am 07.05.2016.
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