Flavio Cruz

A história de Clotilda

A história de Clotilda

Em um ano começaria a Guerra Civil nos EUA, mas desde 1808 já era proibido trazer escravos da África. A escravidão, no entanto, durou até dezembro de 1865, logo depois de terminar o confronto entre o sul e o norte do país.

Apesar da proibição, Timothy Meaher, um negociante do Alabama na época, quis provar que ele era capaz de burlar a lei. Junto com alguns investidores, enviou um navio para o oeste da África. No reino de Whydah efetuaram a compra de mais de 100 escravos e voltaram para a América com a preciosa “carga”. Quando estavam chegando perto da cidade de Mobile, no entanto, perceberam que seriam facilmente detectados e perseguidos pelas autoridades. Agiram rapidamente. Depois de atearem fogo àquela embarcação, transferiram os escravos para outra menor. O que restou desapareceu nas lamacentas águas do delta. Timothy ficou com 30 dos homens e entregou os outros para os que tinham investido nessa triste empreitada.

Alguns anos depois terminou a guerra e junto com ela, a escravidão. Aqueles pobres seres que haviam sido trazidos do outro lado do mar contra sua vontade, agora estavam livres. Um grupo deles solicitou ao governo americano que eles fossem levados de volta para sua terra, mas isso foi negado. Compraram então uma área de terreno e formaram uma comunidade chamada Africatown. Outros, que haviam se separado, começaram a voltar também para se unirem aos companheiros da terrível jornada. Africatown existe até hoje e lá residem seus descendentes. Tentaram conservar suas tradições, sua língua. Mais tarde alguns se converteram ao Cristianismo.

Há algumas semanas trás, um repórter do Alabama parece ter encontrado os restos da escuna que fora então incendiada. Possivelmente um ciclone conhecido como “ciclone-bomba” desenterrou o que havia sobrado.

O nome dessa escuna era Clotilda e foi o último navio negreiro a desembarcar na América.

 

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Veröffentlicht auf e-Stories.org am 27.01.2018.

 
 

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